No distante subúrbio das luzes
A noite se cala em murmúrios,
Num prelúdio de amantes em gozo,
Excitados nalgum beco soturno.
À distancia se ouvem seus uivos
De animais ferozes no cio,
Trazidos pelo vento em silvo,
À arrotar o seu hálito frio.
Bêbados, prostitutas e vadios
Vazios em noturno idílio,
Todos em comunhão com o vicio,
Celebram o desejo mais vil.
No arrabalde da pudica urbe,
Onde urge o meretrício,
A castidade burguesa dorme alhures,
Num sono zeloso de armistício
Tiago Carvalho, Fogo-corredor, aju, 29 de abril de 2003.
Um comentário:
Nossa, teu blog vai de vento em polpa heim?! E eu que não o havia visitado já há um tempo. Deixa eu ter mais tempo e comento todinhas. Beijos e continue assim meu poeta. ;c)
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