Ontem á noite quis conversar com Deus
Então abri os braços e corri pro mar.
Pus-me de joelhos ao teu altar
E envolto ás ondas divinas
Fui conduzido ao teu reino celeste
E nas correntes de teu amor
Comunguei contigo...
Louvo-te Senhor! Infinito amor de quem ama
Senhor dos mares e marés. Dos ares e terras
Senhor do fogo e das matas. Da paz e da guerra.
Da continua guerra de mim mesmo. A lenha a alimentar a chama.
A dança do fogo que me queima é uma roda de ciranda.
Sou o caldo da cana que escorre de teu engenho.
Louvo-te Senhor!...
Senhor da fartura e da fome derramai teu olhar sobre nós
Bárbaros domesticados da polis. Brutos de uma razão insana...
Livrai-nos de nossa santa ignorância de todos os dias.
Senhor! Aproximai de nós a sapiência divina
Fazei de nós cavaleiros de tua fé. De tua razão... o amor!
Louvo-te Senhor!...
Ontem á noite conversei com Deus...
Estavam abertas as portas do céu. Estavam lá as ondas do mar...
Fui de alma liberta ao meu batismo. Meu natalício...
Louvo-te Senhor!...
Comunguei contigo... Minha primeira comunhão.
A razão e o amor de hoje e sempre. Amem!
Fogo-corredor, Tiago carvalho,
Aju, 25 de dezembro de 2002
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